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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Quando você se permite o que merece, atrai o que precisa

Quando sabemos o que merecemos e nos concedemos isso, aprendemos a priorizar um pouco mais a nós mesmos e obtemos o que realmente precisamos. Não é magia, nem é o universo tecendo suas leis da atração. É nossa própria vontade para sermos felizes, para tomarmos as rédeas de nossa vida…
Começaremos propondo uma pequena reflexão… O que você acha que merece no dia de hoje?
Pode ser que tenha pensado em um descanso. Em permitir que o tempo discorra um pouco mais devagar para poder, assim, apreciar tudo o que a rodeia. Desfrutar do “aqui e agora” sem estresse, sem ansiedade.
É possível que você tenha pensado também que merece alguém que goste de você, que o reconheçam um pouco mais. Você costuma se esforçar muito pelos demais  e nem sempre eles veem todas as suas renúncias.
Todos, em nosso interior, sabemos o que merecemos. No entanto, reconhecê-lo é algo que pode ser difícil porque pensamos que esta pode ser uma atitude egoísta.
Como dizer em voz alta coisas como “preciso que gostem de mim”, “mereço ser respeitado/a”, “mereço ter liberdade e ter as rédeas da minha vida”? Na realidade, basta dizer isso a nós mesmos.
Não devemos nos enganar, porque nos priorizarmos um pouco mais não é uma atitude egoísta. É uma necessidade vital, é poder crescer interiormente para sermos felizes.
Convidamos você a refletir conosco.

As atitudes limitantes

Muitos de nós estamos acostumados a desenvolver, ao longo de nossa vida, muitas atitudes limitantes. São crenças enraizadas durante a nossa infância, ou inclusive desenvolvidas posteriormente como suporte a determinadas experiências.
São esses pensamentos presentes em frases como “Não sirvo pra nada”, “Eu não sou capaz de fazer isso, vou fracassar”, “Para que tentar se as coisas sempre dão errado?”. Uma infância complicada com pais que nunca nos deram segurança ou basearam suas relações afetivas na manipulação emocional costumam nos limitar quase de um modo determinante. Nos tornamos frágeis por dentro e vamos, pouco a pouco, perdendo a nossa autoestima.
Reestruture suas crenças. Você é mais do que suas experiências. Você merece avançar, merece entrar em contato com o seu interior e reconhecer o seu valor, a sua capacidade para ser feliz na vida…

O que você merece, o que você precisa

O que merecemos e o que precisamos estão tão unidos quanto o elo de uma corrente. Daremos um exemplo: “Preciso de alguém que goste de mim”. É um desejo comum, mas começaremos trocando a palavra “PRECISO” por “MEREÇO”.
Você merece alguém que saiba ler suas tristezas, alguém que atenda suas palavras, que saiba decifrar seus medos e ser o eco de suas risadas. Por que não? Ao trocar a palavra precisar por merecer, eliminamos esse vínculo de apego tóxico que costumamos desenvolver em nossas relações afetivas.
Se precisamos de alguma coisa para sermos felizes
nos tornamos prisioneiros de nossas próprias emoções
Comece por si mesmo/a. Seja você a pessoa que queria ter ao seu lado… A que merece caminhar os passos de sua vida. Ao final, chegará alguém que se refletirá em você. Comece também a lidar com estas importantes dimensões:
  • Liberte-se de seus medos.
  • Desfrute da sua solidão, aprenda a ler o seu interior, a empatizar mais consigo mesma.
  • Cultive o seu crescimento pessoal, aproveite o presente pelo que você é.
  • Aprenda a ser feliz com humildade, desativando o ego, amadurecendo emocionalmente.
Assim que você der a si mesmo tudo aquilo que merece,
se transformando na melhor versão de si, você chegará ao que precisa.

Priorizar a nós mesmos não é ser egoísta

Muitas vezes seguimos sendo prisioneiros desses pensamentos limitantes explicados no início. Há quem encontre sua felicidade dando tudo pelos outros: cuidando, atendendo, renunciando a certas coisas.
É possível que tenham nos educado assim, mas sempre chega um momento em que fazemos um balanço e algo não parece bem. Surge o vazio, a frustração, a dor emocional…

Como tudo nesta vida, existe a harmonia, a conjunção de seu espaço e meu espaço, de suas necessidades e nossas necessidades. A vida em família, do casal ou em qualquer contexto social, deve ser construída mediante um adequado equilíbrio onde todos ganham e ninguém perde.
No momento que há perdas, deixamos de ter o controle de nossa vida, deixamos de ser protagonistas para nos tornarmos atores secundários.
Reflita durante um instante sobre essas breves ideias:
– Mereço um dia de descanso, para mim mesmo, em solidão. Isto me oferecerá o que preciso: pensar, me livrar do estresse e relativizar as coisas.
Mereço ser feliz, talvez seja o momento de “deixar ir embora” determinadas pessoas ou aspectos de minha vida. Isso me permitirá conseguir o que preciso: uma nova oportunidade.
Todos merecemos deixar de ser prisioneiros do sofrimento, de nossas próprias atitudes limitantes. Abra os olhos ao seu interior, decifre suas necessidades, escute a sua voz.No momento em que você se permitir o que merece, conseguirá chegar ao que precisa.

Aprenda a dar a sua ausência a quem não valoriza a sua presença

Não estamos acostumados a valorizar o que temos. De fato, estamos acostumados a desperdiçar e adiar as oportunidades que temos de nos relacionar com as pessoas que amamos.
Este abandono às vezes se complica quando pessoas que em princípio deveriam nos apreciar passam a nos desprezar. As situações deste tipo são muito dolorosas e é por isso que devemos parar de vendar nossos olhos e começar a remediá-las.
A melhor atitude que podemos tomar é a de nos proteger desse tipo de relação que acaba deteriorando e diminuindo a nossa autoestima e prejudicando a nossa saúde emocional.Mulher e passarinho

Ninguém sabe o que tem até que o perde

A frase que intitula este artigo não é somente uma frase feita, mas sim uma realidade. Temos essa mania de não valorizarmos o momento presente e de apreciarmos o que o que não temos ou o que já perdemos.
Quando sofremos porque alguém nos ignora não entendemos que isso não é reflexo do nosso valor pessoal e que o mais provável é que essa pessoa não nos valorize por que está acostumada a ter a nossa presença sem esforço, quando e como quer.
Às vezes, de fato, os casais rompem estes círculos viciosos se separando e terminando a sua relação, mas o tempo lhes faz perceber que sentem falta um do outro.
De todas formas, não vale a pena lutar contra ventos e marés por uma pessoa que não move nem um dedo por você. Não devemos ajudar constantemente alguém que não está interessado em nos atender. Não nos faz bem dar sem receber.
Não podemos nos dedicar aos outros e nos esquecermos de nós. E a única gratidão sem a qual não podemos viver é a gratidão por nós mesmos, pois este é o pilar do amor próprio e o alicerce do nosso crescimento pessoal.
Vazio no coração

O poder de se afastar do que complica a nossa saúde

Quando enfrentamos situações complicadas nas quais alguém importante nos ignora podemos fazer uso da indiferença.
Conseguir fazer com que os comportamentos desta pessoa não nos afetem é difícil, mas maravilhoso. Pode ser que tenhamos dificuldade no começo, mas vale a pena o esforço quando se trata de evitar nosso declínio emocional.
Ficar perto de alguém assim pode nos machucar, por isso uma boa solução é presentear estas pessoas com a nossa ausência. Se optarmos por esta alternativa, é possível que iniciemos uma luta interna entre esperar que a pessoa volte ou recomeçar nossa vida sob outra perspectiva.
Ambas as atitudes são dolorosas a curto prazo mas, sem dúvida nenhuma, seguir em frente com nós mesmos é a mais desejável.



 
É provável que, nesses casos, fiquem muitíssimas coisas por dizer. A dor, as recriminações e todas as nossas emoções não podem ficar dentro de nós mesmos; devemos jogá-las para fora de algum jeito, mesmo que seja rasgando papeis ou socando as almofadas.
Uma boa opção é escrever uma carta para essa pessoa que a machucou na qual você explique os motivos que a fizeram se sentir assim. Depois que os sentimentos e as emoções do momento estiverem escritos, o melhor é se desfazer da carta e se libertar de maneira simbólica dessas sensações.

Libere sua dor e perdoe

Quando você mantém um ressentimento em relação à outra pessoa, fica amarrado a ela ou a essa situação por um vínculo emocional que é mais forte do que o aço. Perdoar é a única forma de dissolver esse vínculo e alcançar a liberdade
– Catherine Ponder –
Dar asas ao sofrimento é a única maneira de não fazer do nosso corpo a tumba da nossa alma. Por trás da nossa coragem, da nossa raiva e da nossa ira pela impotência de nos sentirmos pouco valorizados, se esconde uma grande tristeza e uma sensação de humilhação infinita.

Por essa razão, temos que trabalhar nossa decepção e abrir caminho para uma nova vida. Este será o momento de deixar ir e de nos lembrarmos de que nessas situações nasce uma grande semente de crescimento e de libertação

9 frases que você sempre deve dizer a seu parceiro

 “O que com o coração se quer, só com o coração se fala”
Francisco de Quevedo

 Algo básico para que relação perdure: nossas trocas devem ser produzidas a partir do afeto, do entendimento e da confiança. Às vezes nos esquecemos de tudo isso e a rotina nos permite relaxar em certas demonstrações de amor, de respeito e de consideração mútua que nunca deveríamos permitir desaparecer. Neste artigo ressaltaremos a importância de 9 frases que devem estar presentes em nosso dia a dia…
    

1.   “Sinto saudades de você”

“Sentir saudade não é estar vazio, mas sim estar cheio de alguém que se faz presente apesar da ausência…”
Esta frase esconde um grande valor; quando as pessoas que amamos pronunciam estas palavras, sentimos que contribuímos com algo que só nós podemos oferecer. Expressar a saudade que sentimos de seus beijos, de suas carícias, de seu sorriso ou simplesmente de sua presença é essencial para manter vivo o amor.

2.   “Como foi o seu dia? ”

A indiferença é uma forma de preguiça, e a preguiça é um dos sintomas do desamor. Ninguém é preguiçoso com o que ama” (Aldoux Huxley)
Ter alguém é a forma de garantir ter um espaço para compartilhar nossas experiências diárias e nossas inquietudes. Não se trata de entrar todos os dias em uma sessão de queixas e lamentações, mas de criar a oportunidade de expressar como nos sentimos diante do verdadeiro interesse da outra pessoa.

3.   “Lembra-se de quando…? ”

“Muitas vezes na vida as pessoas se esquecem do que devem se lembrar e se lembram do que devem esquecer…”
O fato de recordar os grandes momentos juntos faz com que a magia não se perca com o passar dos anos. Na verdade, recordar é uma boa maneira de gerar novas e boas experiências, pois nos ajuda a reinventar novas formas e lembrar de como podemos nos sentir bem juntos. No final das contas, é este sentimento que nos une.

4.   “Como posso ajudá-lo? ”

“Não procure alguém que resolva todos seus problemas, procure alguém que não deixe que você os enfrente sozinho…”
Trata-se de encontrar uma forma com a qual possamos aliviar o nosso parceiro frente à frustração e à perda de controle. Podemos presentear com a nossa ajuda ou simplesmente com um ato tão singelo como o de perguntar e escutar.
Em primeiro lugar, diante desta pergunta, seu parceiro compreenderá que não está sozinho e que tem uma bengala na qual se apoiar; é importantíssimo lembrá-lo disso de vez em quando. Como esta ajuda é sincera e desinteressada, esta é uma das sensações mais tranquilizadoras que se pode ter.

5.   “O que você acha? ”

Quando não falas, há um montão de coisas que terminam sem serem ditas“. (Catalina Gilbert)
Nos esquecemos disso com muita frequência. Tanto nas pequenas quanto nas grandes decisões, ambos os membros da relação devem estar e se sentir presentes. É essencial que sejamos autônomos e independentes, mas quando temos uma relação e tomamos uma decisão, ambos os membros sempre têm algo a dizer.
Além disto, partindo do princípio de que uma decisão afeta a relação e a cada um de forma individual, compartilhar opiniões mantém o barco da confiança e da segurança mútua flutuando.

6.   “Adoro (tal coisa) em você”

Uma bomba faz mais ruído que uma caricia, mas para cada bomba que destrói, existem milhares de caricias que constroem a vida“. (Facundo Cabral)
Os mimos e os elogios são uma parte essencial de uma relação de amor. O fato de pronunciar palavras galanteadoras faz o seu parceiro se sentir querido e valorizado, mas, sobretudo, sorrir. É essencial lembrá-lo de tudo que você gosta em seu rosto, em seu corpo, fazer carícias, beijar e compartilhar momentos íntimos.

7. “Desculpe, você tem razão”

“O casal perfeito não é o que nunca tem problemas, mas sim o que se mantém junto apesar deles.”
Quando discutimos e cometemos erros nós costumamos nos esquecer de que a humildade e a confiança são a base de uma boa relação. Não deixe que os problemas se convertam em um conflito eterno e faça o possível para resolvê-los o quanto antes, desde que com humildade.
O orgulho não deve ter espaço nos problemas do amor; na verdade, o excesso de orgulho nos corrói por dentro.

8. “Por favor” e “obrigado”

Seja grato pelo que tem e vai terminar tendo ainda mais. Se concentrar-se no que não tem, nunca, jamais terá o suficiente“. (Oprah Winfrey)
Há uma diferença abismal entre dizer “Tire o lixo!” e dizer “Amor, por favor, você pode tirar o lixo?”. A primeira opção dá maior margem a interpretações e suscetibilidades, enquanto na segunda percebe-se o afeto e o entendimento.
Falar com carinho e sem maldade é um dos pequenos detalhes diários que permitem que ambos se sintam bem e cresçam como casal.

9. “Amo você”

Quero estar em uma relação na qual alguém falar que me ama seja simplesmente uma validação cerimoniosa do que já se demonstrou“. (Steve Maraboli)
São duas palavras que brilham. Nada nem ninguém poderá despojá-las de seu grande significado e simbolismo. Estas duas palavras marcam o início do amor verdadeiro, supõem o reconhecimento do laço que une vocês e a expressão da energia que faz vocês felizes.
Não subestime o poder do dia a dia porque é ele que constrói o amor. Lembre-se de que amar alguém profundamente nos dá força, mas sentir-se profundamente amado é o que nos dá valor.

             Como nos desapaixonamos?

Todos nós 
Fomos um breve conto que lerei mil vezes.
Bob Marley

sabemos o que é o amor, as etapas pelas quais ele passa e o que é preciso fazer para mantê-lo vivo. Mas… o que acontece com a fase do “desapaixonamento”?
Sim, isso também acontece. Nós nos apaixonamos, mas também nos desapaixonamos. A questão é por que e como isso acontece. Podemos evitar? Sempre vamos nos desapaixonar com o tempo?
Vamos descobrir!

Atração física e mental

Quando nos apaixonamos por alguém nos sentimos atraídos por essa pessoa. Então por que, de repente, deixamos de nos sentir atraídosSerá que nos “cansamos” do nosso parceiro?
A atração é um dos primeiros estágios da paixão que diminui com o tempo. O nervosismo que sentíamos quando recebíamos uma ligação, por exemplo, ficou para trás, quando a pessoa nos convidava para sair ou quando queria fazer uma surpresa, também… Onde foi parar isso? Nosso corpo mudou. Já não somos os mesmos. A rotina começou a fazer efeito.

O poder do costume

Algo de que não gostamos porque não nos trás nada de bom: tédio e monotonia. Antes tudo era novidade e agora é tudo igual.  Onde está aquilo que antes nos surpreendia? Os planos feitos juntos se perderam… já não há espontaneidade.
A falta de contato físico é fruto do costume, da rotina… começamos a reprimir demonstrações de afeto em público e as palavras carinhosas somem do nosso vocabulário. Existe uma rotina e isso “nos acomoda”, mas com o tempo, isso trás consequências. Começamos a cansar do nosso parceiro e, muito importante, a ver defeios onde antes não víamos.

Críticas destrutivas

Por que no começo tudo era perfeito e agora não é mais? Como, de repente, todos esses defeitos resolveram aparecer? Éramos cegos? Essa também é uma das fases do amor, quando vemos as qualidades exaltadas. Nós as aumentamos no início, mas quando conseguimos vê-las tal e como são, já não nos agradam.
Começamos a nos cansar daqueles comportamentos que antes tolerávamos e já não nos importamos em dizer tudo o que pensamos ao nosso parceiro, sem pensar se o estamos machucando ou não. Antes tentávamos ser mais empáticos, mais compreensivos… e de repente nos transformamos em escravos de queixas, de chateações e, até mesmo, de discussões.

Falta de comunicação

Muito importante em qualquer relação: a comunicação. Ela nunca pode faltar, caso contrário a relação estará perdida.
É preciso interagir com o parceiro. Mas, atenção! Estamos falando de conversar, não de discutir. Trocar desejos, emoções e confiar um no outro. Tudo isso também é perdido quando acaba a atração e quando começamos a ver defeitos. Já não reconhecemos nosso parceiro… muitas vezes vemos um desconhecido.

A linha tênue da afeição

Certamente, você já ouviu essa frase “Já não te amo, mas tenho muito carinho por você”. Todo o anterior desemboca nesse ponto. É aqui onde está perfeitamente a linha que divide o amor da afeição.
Apesar de nos desapaixonarmos, sentimos carinho por aquela pessoa com a qual compartilhamos parte da nossa vida. Foram bons e maus momentos, e vivemos todos eles. Foi uma parte importante de nossas vidas e não pensamos nela como algo negativo. Mas… o amor acabou..
Como mencionávamos anteriormente, a força da rotina e do passar dos anos provoca o desencanto, a falta de comunicação… tudo isso faz com que o amor se transforme em mera afeição.
E agora vem a grande pergunta: pode-se evitar o desamor? Depende. Nem todos os casais conseguem preservar o amor ao longo do tempo, por isso muitos acham que o amor tem data de validade. Talvez a afinidade que exista e o tipo de personalidade do seu parceiro influencie o tempo de duração do amor. O bom humor, o positivismo, fazer coisas juntos, se divertir… Isso costuma ajudar, mas depende como como sonos e de como nos sentimos.
Todo amor entre casais acaba se transformando em carinho? Você acredita que é possível evitar o desamor? Esperamos suas opiniões!

     Você roubou minha solidão com uma falsa companhia.


  Você roubou a minha solidão com uma falsa companhia”. É possível que você tenha esta sensação, este vazio. Você sentiu isso em algum momento no seu passado, com aquela amizade interesseira que buscava o benefício próprio, e que, possivelmente, nunca se preocupou muito com os seus interesses, suas tristezas ou alegrias.
E o que dizer das relações afetivas que se ofuscaram no abismo do fracasso? Costuma acontecer. Abrimos as portas do nosso coração a pessoas que nos iludem, que nos entristecem… Para depois nos darmos conta de que não há solidão mais dolorosa do que ter ao nosso lado alguém que não nos vê. Que não sabe nos fazer feliz.
A solidão emocional é aquela na qual projetamos em outros determinadas esperanças e grandes apegos, mas, na realidade, só encontramos vazios. Poucos sentimentos podem ser tão devastadores quanto essa solidão que vai além do plano físico.
A solidão emocional é um dos grandes “males” das nossa atualidade. Muitos de nós estamos rodeados de pessoas, de familiares, amigos, de nosso parceiro, e de centenas e inclusive milhares de amigos em nossas redes sociais… E mesmo assim, não há dor mais angustiante do que a de perceber essas lacunas, esses vazios que ninguém sabe preencher.

A solidão que ninguém vê

A solidão emocional tem um fio bastante contraditório. É muito possível que lhe digam frequentemente aquilo de “Você não pode reclamar, que parceiro iria cuidar tanto de você?”, “Com certeza você nunca ficará entediado com o montão amigos que tem.” Você dirá que sim com a cabeça e desenhará um sorriso morno em seu rosto, sabendo que as aparências são apenas aparências, e na realidade você se sente imensamente sozinho/a.
Frequentemente concebemos a solidão como essa ausência física de pessoas ao nosso redor. Avançamos pela vida sem vínculos sinceros, sem pessoas que possam nos oferecer e dar esse carinho cotidiano que enriquece a convivência de todos.
Mas é preciso pensar: é necessário ter sempre alguém ao nosso lado para ser feliz? Não.
Às vezes, a própria solidão é esse espaço íntimo onde podemos encontrar mais equilíbrio. A introspecção e estar consigo mesmo é uma maneira de fortalecer a nossa autoestima e de enriquecermos.

Então, quase poderíamos dizer que todas essas pessoas que entram em nossas vidas e nos dão apenas o seu egoísmo ou imaturidade emocional nos arrebatam também essa solidão preciosa, e acabam com o equilíbrio no qual encontramos uma preciosa proteção.
Se eu abro a porta do meu coração para você, sou um pouco mais vulnerável, porque espero que você me complemente, seja meu cúmplice, e não uma brisa fria que me enche de vazios…

Como superar a solidão emocional?

Conforme mencionamos no início, a solidão emocional é um dos sentimentos mais devastadores que os seres humanos podem sentir. A sensação de ter alguém, ou até muitas pessoas, ao nosso redor e ainda estar ciente de que nos sentimos terrivelmente sós, pode até nos levar pelo caminho de uma depressão.


Como podemos enfrentar a solidão emocional? Anote estes conselhos:
1- Identifique esse mal-estar, essa insatisfação, esse vazio. Às vezes, podemos mascarar a solidão emocional com outras dimensões, como uma baixa autoestima, falta de motivação para as nossas relações sociais, quando na verdade, o que sentimos é que “há algo que está além de nós e que falha.” E a ferida está na convivência com essa pessoa ou essas pessoas que estão ao nosso redor e que não nos veem, que não nos enriquecem, que não sabem na essência nos fazer felizes…
2- Reflita e atenda as suas emoções. O que você sente? É tristeza? Quem faz com que você se sinta assim? Você se sente frustrado/a? O que causa esta sensação? Você sente medo? Quem ou que o provoca?
3- Uma vez que você tenha identificado o verdadeiro problema, comunique-o. É vital compartilhar com os outros como você se sente, seja com o seu companheiro, um parente ou uma amizade. Deixe muito claro que essa relação lhe causa mais sofrimento do que felicidade, e que é necessário traçar novas estratégias.

4- Uma vez que tenha iniciado o motor da mudança, é vital que você volte a desfrutar da sua própria solidão. O motivo? Você passou muito tempo sem ser você mesmo, esperando coisas, ansiando determinadas sensações, emoções… No seu ser há uma série de necessidades que você deve equilibrar, encontrando de novo a sua criança interior, e o adulto que demanda sossego interior.
A solidão emocional é vista, muitas vezes, como uma incoerência: temos alguém mas sentimos a dor da solidão de uma maneira terrível. Resolver isso, livrar-nos ou reencontrar-nos com nós mesmos, nos ajudará também em nosso crescimento pessoal.
 

         Nada termina, tudo se transforma


Foi Lavoisier que descobriu essa lei universal: “A matéria não é criada e nem destruída, apenas transformada”. Mas, será que essa lei também se aplica aos nossos sentimentos,emoções e pensamentos?
Essa pergunta nos assalta principalmente quando passamos por uma situação de perda ou ruptura.
Quando um casamento termina e não estávamos preparados para isso. Quando alguém que amamos morre, e precisamos desesperadamente vê-lo novamente. Quando pessoas ou situações que são muito importantes para nós desaparecem de nosso mundo …
Podemos dizer que algo realmente acabou para sempre? A morte ou a distância são o final de tudo?

Os finais em nossa vida

“Um começo nunca desaparece, nem mesmo quando chega ao final”.
– Harry Mulisch-
Todos nós sabemos que tudo tem um começo e um fim. Na verdade, passamos grande parte da nossa vida dizendo adeus, experimentando novas situações e dando um enterro formal para outras.
Quando nascemos, o período de gestação termina. Nós dizemos adeus a essa barriga, onde tudo era quente e não precisávamos fazer nada para satisfazer todas as nossas necessidades básicas.
A partir daí, vamos passar por uma série de começos e finais que se sucedem sem parar.
Dizemos adeus à nossa mãe quando vamos à escola. Dizemos adeus à infância para florescer na juventude. Nos despedimos da juventude para nos tornarmos mais velhos. E finalmente, temos de nos preparar para dizer adeus à vida.
Vivemos muitos “finais intermediários.”
Mudamos de escola e então terminam vínculos que estabelecemos e expectativas que flutuavam em nossas mentes. Mudamos para um novo bairro e descobrimos que tudo tinha terminado para começar novamente. Encontramos um novo emprego, vamos para outro país, ou simplesmente vemos que cada dia que termina é único; nunca se repete.
Mesmo sem perceber, estamos expostos aos finais o tempo todo.
Os finais que realmente nos abalam são aqueles que nos colocam frente a frente com o eterno e com o infinito; aqueles que se referem a ideias como “para sempre” ou “nunca mais”. Olhar de frente para o nada é uma experiência avassaladora.

O final sem final

Quando alguém que amamos falece se vai para sempre, ou simplesmente está irremediavelmente longe de nós …
O que nos faz sofrer é a consciência de que nunca mais teremos essa pessoa perto de nós, ou que o vínculo que existia nunca mais será o mesmo.
Sabemos disso e, ainda assim, continuamos sentindo amor por essa pessoa, ou a necessidade de mantê-la perto. Esse é o drama: o vínculo termina, mas o sentimento permanece. Essa pessoa não está mais presente fisicamente, mas o carinho por ela continua vivo como sempre.

Todos nós relutamos em deixar ir alguém que amamos. Não podemos desistir assim dessas lembranças de ver ou ouvir essa pessoa; isto nos trazia segurança, felicidade e paz.
Mesmo que a ligação não fosse a melhor, apenas saber que essa pessoa estava lá dava-nos a sensação de que tudo estava em ordem. Mas agora já não está mais lá e, em seu lugar, existe um abismo escuro onde não queremos ficar.
Tudo o que começa, termina. E, ao mesmo tempo, tudo o que termina recomeça de outra forma.
Acontece no mundo da física, da química e no mundo humano. Nenhuma das realidades que vivemos vai desaparecer. Nenhum dos sentimentos profundos que experimentamos vai se acabar.
Depois da perda, a ausência e o vazio são realidades muito difíceis de suportar. Com o passar do tempo, onde existia um grande amor, irá florescer um jardim de belas memórias que nos confortarão para sempre.
O lugar onde estava esse alguém de quem sempre sentiremos falta, vai germinar um profundo sentimento de gratidão que nos fará apreciar a vida de outra forma.
De qualquer maneira, aqueles que se foram ficam para sempre conosco. Mesmo quando já não pensamos mais neles, o que fizeram nascer em nosso coração nos permite ser tudo o que somos hoje.
Se você não aceitar esses finais, a dor se prolonga e fica insustentável. Não temos nenhum controle sobre esses acontecimentos que não podem e nem devem ser a repetição do que já foi.
Texto original em espanhol de Edith Sánchez.

                           A garota que não tinha medo de nada


Uma garota receosa espiava pelas grades de uma janela… via o mundo passar, sem se atrever a ultrapassar tais grades… mas a vida quis que ela aprendesse e, ainda que durante muito tempo ela não quisesse sair de seu esconderijo, a vida se encarregou de que o mundo chegasse até ela batendo em sua porta.
Como era uma garota educada, sempre terminava abrindo a porta… receosa, espiava com a cabeça e, finalmente, abria as portas a toda classe de criaturas: duendes, magos, fadas disfarçadas de bruxas e bruxas disfarçadas de fadas. Às vezes, era hipnotizada pelos jogos do mágico, que, no final, terminava desaparecendo,deixando a garota sozinha e triste…
Às vezes, uma fada a surpreendia, cheia de palavras bonitas que se transformavam em dados diretos a seu coração; outras vezes sentia medo diante de uma estranha mulher, que talvez não fosse tão estranha, mas que a assustava…
Talvez porque as falsas fadas já tivessem batido em sua porta, assim como os incríveis magos que prometiam transformar tudo o que tocassem em ouro ou os graciosos duendes que desapareciam num passe de mágica. Tudo começou a mudar em seu interior…
Pouco a pouco, a menina começou a distinguir as fadas das bruxas, os falsos mágicos dos que eram de verdade e, embora ainda se equivocasse em algumas ocasiões, se sentiu profundamente feliz num dia bom, com uma felicidade que transbordava.
Já não tinha medo de nada, já não contemplava o mundo da janela, porque agora era ela quem batia nas portas de outras crianças receosas, para lhes ensinar tudo o que ela havia aprendido com todos aqueles hóspedes que, durante tanto tempo, haviam se apresentado diante de sua porta.

Desde então, sempre diz a si mesma e repete para outras meninas: “já não tenho medo de nada…”

Como deixar de temer?

Se você se sentiu identificado com as palavras desse relato. Se você sente medo de enfrentar a vida, os demais e o resto do mundo, não se preocupe ou se envergonhe por seu medo.
Todos nós tememos algo ou muitas coisas simultaneamente; mas a experiência vai nos ensinando pouco a pouco, nos fortalecendo e, por mais que você tente se esconder, a vida sempre bate à sua porta.

Viver experiências

A experiência é a única que nos ajuda a crescer, a aprender com nossos erros. Não tenha medo de errar ou de que os demais errem com você. Todos nós erramos não só uma, mas várias vezes.

Deixar de se arrepender do que fez

Em um dado momento, você já pensou isso… seja por sua idade, pelas circunstâncias, pela sua personalidade e pronto. Solte o lastro, não carregue as falhas. Uma vez que você já aprendeu com seus erros, a única coisa que eles fazem é impor limitações.

Refletir sem se martirizar

Se você sentir que alguém lhe causou um dano ou que você causou a alguém, reflita sobre isso, perdoe-se ou perdoe os demais e continue seu caminho. Não é bom ter nosso interior cheio de rancores que não nos levam a nada.

Consultar seus entes queridos e tomar uma decisão final

Muitas vezes, nos encontramos perdidos e há pessoas que, além de nos amarem, têm a habilidade de nos acalmar apenas com as palavras. Escute-as e, enfim, seja você o responsável pela decisão.
Ninguém melhor do que você mesmo para conhecer a si próprio. Frequentemente você terá dois caminhos e apenas uma opção para escolher. Escolha após uma séria reflexão. Não se martirize com perguntas como, “E se eu tivesse escolhido outro caminho?”. O que foi feito, está feito, e um dia você acreditou que essa era a melhor escolha.